quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sunshine

A luz que passa
Toca cada ponto
E tudo vira luz
O inevitável da mudança.

Com tanta andaça
Um obstáculo se forma
Mas ela é imperativa
E transpõe a lembrança.

Reciprocidade

Amar:
não existe.
E quem disse
que existe
mentiu de dedo em riste
para enfim ocultar
o nariz.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Hell's way

F – Am – G- Dm

Tell me son why you’re missing the hell
Bringing home the devil who wants catch me
Now he’s waiting for me on the crossroad
Asking me to stay in the shadows he created.
Can’t you see he’s taking too many souls
Of people that just looking for to not be alone

C – A – F - E
Clouds of sorrow
Rain of tears
Is it me
A volunteer?
Why you’re crying
This is life
You have chosen
To be alive.


P.S.: Uma música, com uma melodia realmente simples.

domingo, 26 de setembro de 2010

Dolly

Era uma vez uma ovelhinha chamada Dolly. Dolly era um clone, não possuía idiossincrasias.

Ovelha Dolly, ovelha Dolly
O que tens em mente?
Não quero que te molhes
Com essa chuva insolente.

O mundo todo é raios
E tu desprotegida
Queres que eu fique em frangalhos
Com tua atitude descabida?

Não vês que és cópia mal-feita
E que tens de obedecer
Porque tua cabeça imperfeita
Vai te fazer perecer?

Ovelhinha que desengano
Perdida no pasto
Do Brás Cubas tivesse ganho
O fabuloso emplasto.

Se vires uma casinha
Não te acanhes
Entra e toma uma caninha
Que vai fazer com que sonhes.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pato Feito

O pato feio espia
Mas tem medo do que vê
O reflexo profundo espelha
A dissimetria do porquê.

Será sempre assim?
Um espelho sem rosto?
Sem ter traços uniformes
A identidade não tem fim.

Onde encontrará o real
Se sempre foi o inverossímil
Que lhe tocou a aura
E lhe enxeu de mentiras?

A visão turva da desavença
Que se fez do corte sagital
É mais do que presença
É constante imortal.