segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um certo medo.

tenho medo de machucar meu amor
com essas dores que só a mim pertencem.
peço desculpas por todas as vezes
que incumbi meu peso a ti
não tinha a intenção...

Mas no auge de meu egoísmo,
lhe impus letras de minha frustração.
Mas tenho essas porcarias a dizer
e não me calo,
nem sob minha própria penitência
de voltar a me punir, por punir-te
com a minha pena.

mantive intensamente por certo tempo
uma vontade verdeira e interior
de completamente me calar
mas novavemente retorno à várzea
e coloco com toda a podridão
minhas palavras
que não tem nexo perante a tua razão
mas que por estes axônios e sinapses
vagam como pólen ao vento.

por todas essas palavras duras,
não me custa dizer
que mesmo com toda minha inferioridade
continuo a amar
teu peito, teu coração e teu abraço
porque nele,a dívida se faz retroceder
e eu até me esqueço
que te faço sofrer.

domingo, 24 de julho de 2011

Lava-louças.

Não nasci Jane Austen
provavelmente nem nasci quem queria ser.
nasci com uma carga limitada
de dizeres e adivinhações
um tanto marcada a recordar
e sonhar.

mas sonhar é problemático,
é almejar quando não se pode
e não planejar.
pudera eu fazer planos
e não ficar com sonhos irreversíveis
ao presente.

talvez o Ser onipotente,
esteja colocando pratos limpos
sobre a mesa que um dia há de servir
boas refeições.
Mas ainda não sei
pois talvez seja necessário
ficar ou voltar para a lava-louças.

Brancas rimas.

Talvez eu quisesse viver dopada
pra me sentir menos burra
menos necessitada de sapiência.
e isso não é pela arrogância
ou impetuosidade alheia
é mais por desejo.
cada momento de insuficiência
é como um tiro pela culatra
que queria ser o melhor,
e acaba só por elucidar
e corroborar esse tipo intuição.

santo deus, que fácil às vezes
deixar o id dizer tudo!
Mas para isso, meu caro confidente,
são necessárias algumas medidas,
quem conhece o santo zepam compreende.
talvez me envergonhasse ante a indiscrição
que tais palavras podem apresentar.
mas sabe, se não fosse necessidade
eu provavelmente me calaria
frente a possível mesquinhez.

tenho razões para amar, muitas
e gigantes, tanto quanto uma galáxia
e ainda agradeço pelo que sinto
ser maior do que essas intuições
repletas de certezas.

Agora o que isso tem a ver
com viver dopada...
Ah, santo deus!
Me perdi na falta de rimas!

P.S.: Ainda bem que o amor é certeiro.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Que seja o presente.

às vezes, simples como o raio de sol
que aquece o negro,
percebe-se que não é o bastante,
que se encontra tão aquém
que a percepção é irremediável
e irrepreensível.
quiçá questionar-me-á
mas creio não haver meias palavras
que mudassem a situação.
tudo que trago, não é dispensável
e tudo que há de vir
ainda é futuro e, portanto
há de não ser indubitável.
talvez seja repreendida
pois de forma culposa
jamais em presença de dolo,
culminei neste ponto
tal que não há volta para a descoberta.
perdoe-me se discorda
mas não há volta
pois o passado e presente
já estão consolidados.

domingo, 17 de julho de 2011

Bilu.

só você extingue o ardor
que cobrem meus olhos
de mediocridade.
porque só você tem a chave
que decodifica o problema.
só por você eu tenho vontade
de sussurrar ao pé do ouvido
aquilo que tanta certeza exige.
Por e principalmente com você
eu vi o que não esperava ver
pois não me permitia acreditar
que existesse.
você, com a camisa azul
é mais imenso que o mar
ou seu reflexo para o universo.
eu tenho no fundo e na superfície
um cordão de contas de todas as vezes
em que me senti grata e agradeci
por você estar onde está,
na minha vida.