domingo, 29 de abril de 2012

O que de mim ama.


sinto falta.
sinto falta de ti,
daquele amor.
me doi e sei que esse sentimento
não é restrito a mim
quando digo que algo não está certo.
amo-te menos?
amas-me menos?
não sei...
em momentos de desilusão mundando
quantas asneiras podem se passar
por uma cabeça fraca...
neste momento, neste frio
sinto falta de ti.
mas sinto falta daquele você
que não se incomodava com a falação
(a qual infelizmente me persegue).
o que de mim mudou
em relação a ti?
o que de mim me faz
e portanto, te faz
difente?
eu quero uma pitada de encanto
de volta.
quero as conversas ao msn,
quero os poemas -
teus, tão claros e compreensíveis;
meus, várias palavras
agrupadas sem valor agregado.

amo-te, e espero sempre te amar
tanto quanto tu me amas.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O eu do início da escada.

vendo antigas fotos
miro um outro eu
de mim.
um eu tão diferente,
que quase não me reconheço
e em função disso
quase não me lembro.
recordo a história,
o contexto do outro eu
mas o eu, me foge.

quiçá, deveras, eu fujo
do passado.
e parece muito pertinente
lembrar o que se pretende.
mas então, em minha defesa
de viva alma condenada,
me recordo que também
recordo o que pretendia esquecer
e disso decorre
minha absolvição
de mim mesma
e a conclusão
de que a pertinência
só o é em 5%.
Pois tanto há que desejo apagar
e tão pouco que se faz acordar!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Um novo devaneio de um infortúnio novo.

quem me dera eu fosse o remédio de mim
mas logo vejo o quanto é de ti.
querer remediar-me é meter-me
em melindrosos anseios
que ao invés de respostas,
masis dúvidas se apontam.
teus conselhos são flechas
que norteiam os trilhos,
são estrelas que mapeiam
as rotas a que buscar.

mas que infortúnio é este
que me acomete?
que lograda é esta
que ao invés de dar segurança,
pois são minhas próprias decisões,
impõe-me minha ignorância
de mulher de alma pobre
que não sabe como remediar-se da ânsia
sem a infligir a outrem?

 Falo de ti, de mim, de outros
Tantos vultos que me perco
e te faço perder-se também.
Meu santo Pai, rogo
rezo de verdade,
para que me aguentes à eternidade!