domingo, 24 de fevereiro de 2013

Feedback ou A vida circular.

acabei de fazer uma descoberta
que ao tomar minha decisão,
ativa ou passiva perante ao mundo,
deixa aos demais ou a mim
respectivamente, descontente.
se me perguntares o que prefiro,
terei de ponderar, e muito deliberar
visto que eu, em devaneios,
posso me ser sincera;
quanto aos outros, acusantes:
vis palavras podem lhe ser argumentos.

minha inocência, pueril,

de não tão outrora assim,
parou de me perseguir há poucos anos
desistiu cansada, irresoluta
depois que alguns calos mundanos
acabaram por vencê-la.
creio ser este mais um ponto
a pender-me a manchar o mundo
e a manter imaculado meu templo.
contigo, amigo, não deve ser diferente;
farpas surgem desavisadas frequentemente
enquanto no esporádico se findam as pétalas.

receio ter endurecido,

e se isso,aos 23, não me assustar,
é porque desde o início eu não deveria ter julgado.
no fim, tudo é uma festa,
da qual aproveito pouco.
procuro subterfúgios, mas mesmo assim
as evidências não deixam mais mascarar
o pouco que me sobra ao tanto que há.
sonho em viver uma vida futura
enquanto o presente me escorre aos dedos
como a clara do ovo quebrado,
que junto ao asco, mescla a vontade de salvar
do desperdício o que tantos queriam ter tido.

e nesse circo voador

eu volto, lá para as pessoas,
incomodá-las,para não mo fazê-lo
visto que já aprendi
o conceito de feedback.