segunda-feira, 14 de maio de 2012

Um pouco da semente.


eu percebi que
as minhas fotos mais bonitas
(corto, neste momento,
o ímpeto de dizer menos feias)
são com as minhas irmãs.
não é só pela beleza delas,
mas entenda meu caro,
são elas.
brigamos, e por vezes,
até nos escabelamos
mas eu acho que é assim
que é.
embora eu seja vinho
em meio ao leite,
e a mistura seja heterogênea,
tudo funciona, talvez melhor
do que deveria.
vejo irmãos que são leite
e leite,
mas não sei o que de fato mudaria
na mistura de meus pais.
quiçá maiores contas de telefone
ou menos contas de guarda-roupas.
o desfecho é
que nos amamos
e creio que esse amor,
incondicional certamente
para dar certo,
tem de ser inato
e imperecível
porque senão,
novamente, meu caro,
essas palavras não existiriam.

sábado, 5 de maio de 2012

Que vergonha. Uma linda lua no céu, e daí?


O que nesta muda cidade muda,
Quantas pessoas nesta cidade
Puderam deveras ver a lua colossal?
Quantas pessoas nesta cidade
Estavam tão imersas nos problemas
Da péssima gestão
Que não puderam apreciar o que viam no céu?

E daí que “essa gigante” não aparece há dezoito anos?
Quantas coisas boas aconteceram nestes últimos
Que decorreram daquela lua linda de 93?
Quanta gente, quantas criaturas
Ainda sofrem
Porque nossas nádegas, inexoravelmente sentadas
Assistem a decadência do mundo
Passivas, como se nossa Terra fosse outra?

E daí, será que naves estelares como a Millenium Falcon
Viajando na velocidade da luz serão inventadas amanhã
Pra que possamos fugir para um paraíso em Vega
E dessa forma deixar a consciência desta Terra para trás?

E daí que eu sofro com isso?
Tu não sofres?
Então, meu caro, desculpa
Não te reconheço!