"Todo mundo espera alguma coisa
de um sábado à noite".
Espero paz.
Bem que já esperei por ti,
talvez espere - mas nego,
pois parece que nossos átomos se repelem;
Teu sul não é meu norte
e tampouco sirvo a tua inspiração e desejo.
De musa?
Tenho nada.
Talvez se fosse pouco mais meiga,
e por que não dizer,
Menos feia?
Resignada, de pernas pro ar,
cruzadas, sim
Escrevo veladamente - não lerás.
Tal como Chuck Berry ou Beethoven na Voyager
talvez nunca sejam ouvidos,
Quiçá essa confissão se perca no universo.
Carl, estou no pálido ponto azul,
Minúscula.
É um tanto reconfortante a pequenês
e a solidão.
Não crês (cria), que estamos sós,
Mas por ora, rogozijo-se nesta condição.
Consolata, 28/04/18
domingo, 6 de maio de 2018
segunda-feira, 5 de março de 2018
me sinto
Queria escrever
tanto
falar tando do que
sinto
sem ser piegas.
Mas as palavras não
saem;
ou se são escritas,
são tolas e óbvias…
mas escrevo porque
preciso.
Porque sufocam-me as
ideias
que ficam presas
acima da garganta.
O que atraio?
Me sinto feia, desengonçada, enorme.
Emburrecendo.
A inércia me
consumindo.
Sedentarismo me
atrofiando os tendões
e o tempo gasto na “internet,” a
sapiência.
Me tire daqui!
Ei Juca Pirama, não
sou brava nem forte,
nem a tribo alguma
pertenço…
Tô mais para os
Brás Cubas,
mantendo em mim a
minha miséria.
Sad bear at the Budapest Zoo
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