segunda-feira, 6 de julho de 2009

Fluxo

LUZ FLORAL
O que há de ser a beleza...
Seria ela pétalas vaidosas
Que recém desvendaram suas belas cores¿
As pétalas ocultam o ser da flor
Por detrás delas poderia se esconder Medusa
Temor refutado diante do afrodisíaco resplendor de suas curvas.

Ah flores de pétalas adormecidas!
Como sois tristes encoberta pelas pétalas
Negras, pois nunca refulgiram à luz suas maravilhas internas
Esquecidas pelo doce sabor que lhes falta à visão
Impossíveis de serem admiradas
Recolhidas em seu recanto de luz invisível
Tornam-se diminutas, intermitentes
O que acontecerá se jamais projetarem seu encanto¿
Hão de jazer sob o perene manto da solidão
Amante implacável que jamais deixa só a amada
Acorrenta e tortura sem chance de salvação.
Ou haveria possível libertador¿
Se ele soubesse o quanto clama a flor fechada
Muda, de pensamento ininteligível
Talvez se apressasse...
Ou até mesmo sairia do campo platônico
E desabrocharia a triste flor.

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