sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pato Feito

O pato feio espia
Mas tem medo do que vê
O reflexo profundo espelha
A dissimetria do porquê.

Será sempre assim?
Um espelho sem rosto?
Sem ter traços uniformes
A identidade não tem fim.

Onde encontrará o real
Se sempre foi o inverossímil
Que lhe tocou a aura
E lhe enxeu de mentiras?

A visão turva da desavença
Que se fez do corte sagital
É mais do que presença
É constante imortal.

Um comentário:

José Gualberto disse...

Eu gostei do que tu e a tua amiga escrevem porque é diferente do normal... Normalmente, é uma poesia bem egocêntrica, que chega a ser meio emo até, pelo que eu tenho visto... Mas a de vocês não... tem uma abordagem mais concisa e universal das coisas e não exageradamente romântica, o que eu acho muito bom!
(vou voltar pra semio xD)