sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Linhas.

Tão difícil não poder falar
Quase tão difícil de escutar
Tal constatação inesperada
De uma imagem à nada moldada.

Rudes linhas, rudes doçuras
Perdeu-se a dobradura
Encontrou-se a ranhura
Numa aresta rala de feiúra.

Quem há de acreditar?
Ou deveras compreender?
Há tanto para abstrair
E tão pouco a modelar.

Delineia em mim linhas
Pinta-me de novo
Porque em tua última tela
Deixaste o pincel manchado.

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