sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O adeus de 2010.

"Que as crianças não sabem o porquê de desejarem algo, todos os pedagogos estão de acordo. Mas que também homens feitos se arrastem como crianças, titubeando sobre a face da terra, e, exatamente como elas, não sabem de onde vêm e para onde vão, até mesmo que não tem um fim determinado para suas ações, igualmente governados por biscoitos, balas e chibatas, ninguém faz gosto em acreditar. Quanto a mim, parece-me que não há realidade mais palpável que essa." J.W.G.

Confusos são os pensamentos obscuros
Que não se apresentam nem negam
Que não abandonam nem aquiescem
Simplesmente desgostam e esquecem
Que são vassalos
E que em sua vassalagem
Deveriam mostrar lealdade
Não ao inimigo insensível
E criador de displicência.
Subordinação à vontade e ao desejo
Não há.
Há desencontro de informação
Permeio de sonora aflição
Que aflora, soberba, por meios
Distintos, indiscretos, irresolutos
Mutantes de cercanias
Infratores de selvagerias.
Por que não se escondem
E dissipam sua infrutescência
Ao invés de semear a indecência
Que corrói a virtude de um ser tão belo
Que poderia num piscar de olhos
Criar um universo paralelo
Para cada criatura viva?
Banido será
Pois mesmo uma grande escuridão
É suprimida por um ínfimo de luminosidade.

Um comentário:

José Gualberto disse...

Isso é Werther ali em cima?

(tá, eu sei que é porque eu procurei no livro... heheh)

Que adeus, hein?