- "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração." Fernando Pessoa.
- De vez em quando masoquista Às vezes realista Sigo esta estrutura mista Que nada revela. Tal qual fivela, Prendo em cintos de vigilância A existência daquilo que gosto. Gosto? Ou minto? Ou simplesmente pressinto Que de nada nada há? O certo é que no mínimo Invento que em todo este contento Há sentimento deveras. Possuo, bem num fundo escuro Uma força que não tem unidades Somente a vaidade De se esconder fortuita Esperando que seja bem-vinda.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Mentira.
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